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NOTÍCIAS DO SETOR

10/01/2013

GESTÃO COM PESSOAS: QUEBRANDO PARADIGMAS

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Paradigmas são crenças cristalizadas que influenciam o comportamento das pessoas e das organizações. Existem alguns paradigmas ultrapassados em termos de gestão que comprometem fortemente o alcance dos resultados estratégicos das empresas e precisam urgentemente ser mudados. Vejamos alguns dos mais importantes na prática e as medidas propostas para que sejam quebrados, gerando bons resultados:
Paradigma 1: O objetivo de uma empresa é a obtenção de lucro a todo custo, não importando para isto os meios utilizados. O fim justifica os meios.
Quebra do paradigma: o verdadeiro objetivo de uma empresa na sua essência, qualquer que seja seu ramo de atividade, é a contribuição para o bem estar social e para a valorização do ser humano. O lucro, apesar de absolutamente necessário, é consequência desta contribuição. Empresas que investem de maneira responsável no desenvolvimento sustentável e estabelecem a primazia do homem sobre o trabalho são empresas que apresentam elevados índices de rentabilidade.
Paradigma 2: O ser humano é um recurso, um recurso humano e como tal pode e deve ser substituído ou descartado a qualquer momento ao primeiro sinal de problema ou de crise no mercado.
Quebra do paradigma: Pessoas são o maior patrimônio de uma organização e, como tal, não podem ser maquiavelicamente descartadas, pelo contrário, devem ser valorizadas em termos de investimento, participação e reconhecimento. Demissões representam perda do capital intelectual da organização e devem a todo custo ser evitadas.
Paradigma 3: O ser humano é preguiçoso por natureza, tem aversão ao trabalho, e como tal deve ser fiscalizado e controlado a todo instante, caso contrário não gerará produtividade.
Quebra do paradigma: O ser humano, independentemente do nível hierárquico que ocupa, quando devidamente reconhecido e valorizado, se apaixona pelo seu trabalho e gerará elevados índices de produtividade.
Paradigma 4: A empresa é composta de cabeças pensantes, ocupadas pelos profissionais lotados nos cargos de chefia e de mão de obra, ocupada pelos empregados operacionais. Aos ocupantes dos cargos de chefia compete pensar, aos ocupantes dos cargos operacionais compete produzir.
Quebra do paradigma: Não existe mão de obra, existe cabeça de obra. A empresa é composta de cabeças pensantes, independentemente do cargo que o empregado ocupa. Todos podem e devem utilizar o conhecimento como forma de alavancar a produtividade.
Paradigma 5: Gestão dos recursos humanos é responsabilidade dos profissionais da área de recursos humanos, aos ocupantes de cargo de chefia compete somente gerir tecnicamente seus processos.
Quebra do paradigma: Não existe mais Gestão de Recursos Humanos, recursos é algo que pode facilmente ser descartado. Gestão com Pessoas é o sistema adequado e de responsabilidade de todos os ocupantes de cargos de liderança da empresa: supervisores, coordenadores, gerentes e diretores. Os profissionais da antiga área de recursos humanos devem funcionar como assessores e facilitadores das atividades dos ocupantes destes cargos.
Paradigma 6: Treinamento é custo e como tal dever ser reduzido ao mínimo necessário nas empresas, com risco em caso contrário, de comprometer seus resultados.
Quebra do paradigma: Treinamento não é custo, treinamento é investimento. Quanto mais se investe na capacitação e desenvolvimento dos empregados, maior a produtividade e a rentabilidade da empresa, e este retorno financeiro compensa em elevado nível todos os seus gastos.
Paradigma 7: O bom empregado é aquele que não contesta as ordens dos chefes. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Quebra do paradigma: O bom empregado é aquele que contesta, de forma adequada, respeitosa e no momento certo, as ordens dos seus superiores imediatos. Ouvir os colaboradores sempre que possível, antes de tomar uma decisão, leva a obtenção de comprometimento e bons resultados.
Gestão com pessoas veio para ficar. As empresas realmente maduras e que já quebraram de forma concreta estes paradigmas estão obtendo excelentes resultados em termos de ambiente de trabalho, produtividade e lucratividade. Como está sua empresa? Vale a pena refletir sobre o assunto e colocar em prática.

Júlio César Vasconcelos
Professor, Copnsultor Organizaciona e Personal & Professional Coach
caesarius@caesarius.com.br