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Dia desses conversando com algumas pessoas acabamos falando sobre as mulheres no mercado de trabalho, sua ascensão, importância, participação, contribuição para o crescimento da economia, cuidados com a família, etc... Mas o foco nem sempre foi esse em relação às mulheres no mercado de trabalho.

O Jornal Operário A RAZÃO de 29 de julho de 1919 continha este argumento: “O papel de uma mãe não consiste em abandonar seus filhos em casa e ir para a fábrica trabalhar, pois tal abandono origina muitas vezes conseqüências lamentáveis, quando melhor seria que somente o homem procurasse produzir de forma a prover as necessidades do lar”. 

Muitos acreditavam, ao lado dos teóricos e economistas ingleses e franceses, que o trabalho da mulher fora de casa destruiria a família, tornaria os laços familiares mais frouxos e debilitaria a raça, pois as crianças cresceriam mais soltas, sem a constante vigilância das mães. As mulheres deixariam de ser mães dedicadas e esposas carinhosas, se trabalhassem fora do lar; além do que um bom numero delas deixaria de se interessar pelo casamento e pela maternidade.

Ser mãe, esposa e dona de casa era considerado o destino natural das mulheres. Maternidade, casamento e dedicação ao lar faziam parte da essência feminina, sem historia, sem possibilidades de contestação. A vocação prioritária para a maternidade e a vida domestica, seriam marcas de feminilidade, enquanto a iniciativa, a participação no mercado de trabalho, a força e o espírito de aventura definiria a masculinidade. A mulher que não seguisse seus caminhos estaria indo contra a natureza, não poderia ser realmente feliz ou fazer com que outras pessoas fossem felizes. Em resumo, mulher era para ficar em casa, procriando, sem a menor possibilidade de exercer outras atividades, de entrar no mercado de trabalho, de crescimento intelectual. 

Não estamos falando de uma data tão distante, mas consegue perceber como mudou o papel da mulher na sociedade, no mercado de trabalho, no lar, na política, no esporte, etc...? Conseguimos ver o papel fundamental que as mulheres desempenham dentro das empresas? Ainda bem que elas não se conformaram com o papel medíocre que a sociedade quis lhes impor. 


Olhando para dentro das nossas empresas nos deparamos com elas desempenhando funções fundamentais para o sucesso da organização, pois o mercado hoje não exige somente arrojo, força, vigor físico, não que as mulheres não tenham estas qualidades, mas também exige perspicácia, sensibilidade, percepção apurada, sorriso aberto, qualidades sim presentes com mais intensidade nelas que nos homens.

Vivemos a era do conhecimento e da informação. Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais. A sensibilidade feminina, por exemplo, faz com que equipes marcadas por enormes diferenças atuem de forma sinérgica e com isso problemas que pareciam insolúveis são resolvidos de formas criativas. As empresas que apostam na singularidade de seus interlocutores internos se tornam mais inteligentes, mais capazes e mais ágeis.

Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas.

É claro que as diferenças ainda persistem, como por exemplo, a ocupação nos cargos de chefias de maioria masculinas, os salários defasados em relação aos dos homens, os preconceitos diversos sofridos por elas nas empresas, mas o foco aqui é o lado positivo e a grande contribuição que a mulher, independentemente do cargo que ocupa, tem prestado as empresas.

Está mais do que provado que elas também podem ser ótimas motoristas, mecânicas, advogadas, dentistas, esportistas, políticas, gerentes, militares, executivas, médicas, além de mães, esposas, donas de casa. Ou você ainda duvida disso?


Se tiver duvidas olhe para dentro das suas empresas e vejam a importância delas para o sucesso das organizações.