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NOTÍCIAS DO SETOR

05/09/2012

A alma de uma equipe

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Já está mais do que provado. Na vida profissional, assim como no futebol, não basta ser habilidoso, é preciso ter outras competências para se conseguir o almejado sucesso, que por muita gente é traduzido por fama e dinheiro.
 
Tomemos como exemplo o caso de um jogador de futebol muito hábil com a bola nos pés, capaz de controlá-la a exaustão executando as famosas “embaixadinhas”, capaz de mantê-la rodopiando em sua testa por um longo tempo, capaz até mesmo de carregá-la em pequenos e sucessivos cabeceios correndo por alguns metros no gramado. Grandes habilidades que nos enchem os olhos e nos leva a aplaudi-lo reconhecendo suas habilidades. Inatas, possivelmente.
 
Mas será que estas habilidades individuais importarão durante o jogo, coletivo em sua essência? Será que seus colegas de equipe, agirão como nós, espectadores de um show de habilidades e o aplaudirão com o desprendimento de um fã embevecido pela sua destreza no controle individual da bola? Será que esta exibição desmedida de habilidades pessoais contribuirá para a vitória de sua equipe?
 
Sem dúvida, a resposta é não para as três perguntas acima. Não se ganha um jogo coletivo com demonstrações de habilidades individuais. Podemos presenciar isto em jogos de futebol de algumas equipes, de clubes ou de países, nas quais impera o individualismo em detrimento do coletivo, onde se trocou o foco da partida pelo foco das câmaras de televisão, onde o uso permanente do celular, (um aparelho exclusivo e absolutamente individual) e da “twitagem” durante as vinte e quatro horas do dia se tornaram mais importante que o convívio, o bate-papo, as caminhadas e as trocas de informações e o relacionamento pessoal entre seus jogadores. Desnecessário lembrar como estas situações se refletem nos resultados dos jogos destas equipes.
 
A história do nosso futebol nos dá inúmeros exemplos de que mais do que habilidades individuais, para se vencer um jogo é necessário comprometimento com o resultado, disposição, vontade de vencer, objetividade e união, que enfeixamos em uma só palavra: COMPETÊNCIA, demonstrada pela força do conjunto, bem treinado e bem preparado, formado por profissionais que pensam e agem em favor do coletivo em detrimento de suas habilidades pessoais. Esta é, a nosso ver, a alma da verdadeira EQUIPE.
 
Nas empresas não é diferente. Somente as habilidades individuais, por mais relevantes que sejam não são suficientes para o sucesso da empresa. É preciso mais do que isto. É preciso que as habilidades de cada um se somem sinergicamente e como numa ação orquestrada se transformem em competências organizacionais que, quando bem administradas, contribuem profundamente para o sucesso empresarial.
 
Se as habilidades são inatas, em sua maioria, o mesmo não se pode dizer das COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS, que, por sua vez, devem ser desenvolvidas pela empresa, visando obter do seu quadro os melhores resultados de seu trabalho. Neste sentido, compete a Área de Recursos Humanos, mapear e identificar as competências organizacionais existentes na empresa, coteja-las com aquelas fundamentais para o atingimento dos objetivos e metas estratégicas e planejar ações para desenvolvimento e aperfeiçoamento daquelas consideradas existentes, porém, em níveis insatisfatórias frente aos desafios vindouros.
 
Compete, ainda, a Área de Recursos Humanos consolidar outras tantas COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS, promovendo, prioritariamente, o fortalecimento da coesão e da sinergia entre as pessoas, tornando-as plenamente conscientes que todos são membros de uma só equipe, com uma só alma, com um só foco, com uma só vontade: A de vencer.
 
Sem esta sinergia e senso de EQUIPE, temos uma empresa sem garra, sem disposição, que se arrasta pelos escaninhos da burocracia, dia após dia, sem sal, sem açúcar, sem tempero, sem gosto, sem objetivos, sem brilho nos olhos, sem vida sem, enfim, ALMA.
 
 
Sérgio Lopes
 
(*) Mestre e graduado em Administração. Experiência profissional de 44 anos adquirida em empresas de diferentes portes e segmentos econômicos. Nos últimos 26 anos tem atuado ativamente como Consultor Empresarial, Docente em cursos de Graduação e de Pós-Graduação em IES, Instrutor em Cursos de Educação Corporativa, lecionando em diversos Estados do País. Atua, também, como Palestrante e possui diversos artigos publicados, em jornais, revistas e sites da Internet. Participa de projetos de voluntariado junto a Entidades de Classe.